quinta-feira, 14 de outubro de 2021

 



      No seu dia a dia muitas vezes você se sente como se estivesse pedalando um monociclo, com um piano nas costas, fazendo malabarismo com as mãos e uma cesta de frutas na cabeça e tentando controlar tudo isso?

      Mas será que precisamos controlar tudo para que as coisas dêem certo?

      E o peso das expectativas e ansiedades dos nossos anseios precisamos segurar e controlar?

      E os nossos medos, raivas e preocupações, a melhor forma de lidar com eles é tentando controlá-los segurando?

      O que podemos deixar de carga no nosso dia a dia para ter uma vida mais leve?

      Sempre é possível simplificar sua vida, reflita sobre suas necessidades e desejos reais, onde estão as ilusões, onde os seus desejos fora capturados e agora você é refém deles?

      Quer deixar de sentir..............?

       Acolha-o, aceite-o, não controle, não lute contra, mergulhe profundamente neles até que possa compreender.

       Abandone o controle, deixe de lutar, ao invés de gastar suas forças tentando controlar, entregue, aceite, acolha, para poder compreender.


terça-feira, 20 de abril de 2021

 

                                         Meditação de limpeza da mente - Prof. Hermógenes.

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Técnica: Em lugar onde não venha a ser incomodado,

sente-se confortavelmente, de maneira a que não precise mudar. Olhos fechados, fique inteiramente imóvel

e dê ordens mentais de relaxamento a todo seu corpo, até

chegar a sentir-se como se não tivesse corpo. Entregue-se a

Deus Onipresente, oferecendo a Ele o resultado de sua prática.

Transforme-se em mero espectador dos movimentos da

mente. Deixe-a vagar. Deixe-a ir para onde entender. Seja um

observador atento, mas sem inquietações, sem desejos, sem se

sentir envergonhado ou orgulhoso do que for presenciando. Não

reprima o que lhe desagrada. Também não alimente nem esti-

mule o que lhe convém. Não deseje não ver algo que lhe des-

gosta nem anseie por ver o que lhe interessa. Nada de fazer

"cortes" de censor no filme que sua mente lhe apresenta. Quan-

to maior for sua isenção; quanto mais realizar sama bhava, isto

é, "igualdade de ânimo"; quanto mais você se vir livre de

idéias morais anteriores; quanto mais você sentir-se "desiden-

tificado" com aquilo que está percebendo, mais à vontade, mais

espontaneamente, a mente se revelará, mostrando como é e o

que tem.

Você lucrará:

Porque se alivia de cargas enfermiças, perturbadoras, inde-

sejáveis e mórbidas.

Por afrouxar tensões emocionais.

Por purificar a mente.

Por "desidentificar-se" com a mente e, em conseqüência,

identificar-se com Aquilo que a transcende.

Por desenvolver a coragem de defrontar-se com a parte

de sua natureza, que você sempre temeu.

Nas primeiras tentativas, duas coisas podem ocorrer:

a) A mente não se sente confiante nem à vontade e, por

isto, se mantém inibida. É o caso mais raro.

b) Os processos mentais se desenrolam febris, demasia-

damente agitados, o que pode levar o praticante a duvidar se

está fazendo certo ou até suspeitar da conveniência do método.

Prossiga, inquebrantavelmente, todos os dias a deixar a

mente escorrer livre de seus subterrâneos. Faça-o, com a certeza

de que, pouco a pouco, a ganga impura vai deixando um vazio,

que virá algum dia a ser preenchido pelo bem-aventurado si-

lêncio dos santos. A mente não pode vencer a inquietude se

não se livrar das causas da inquietude. Não superará o estado

de conflito, se os conteúdos conflitantes continuam lá, em luta.

Não vencerá a ansiedade, se esta se alimenta de materiais pro-

fundos e insondáveis.

Dê rédeas ao fluxo de sua mente. Faça como quem, sen-

tado na margem, observa o rio correndo. Quem não mergulha

no rio não é arrastado, e, só assim, do lado de fora, em segu-

rança, sem identificar-se com ele, pode aperceber-se do que ele é e como age. Sinta-se como sentado na margem, sem mergu-

lhar na mente, sem se deixar envolver, sem se deixar empolgar.

Tome conhecimento, sem julgar, sem criticar, sem lutar, sem

pretender subjugar ou reprimir, estimular ou melhorar. Esque-

ça-se dos resultados que pretende. Esqueça-se de que está que-

rendo conquistar a mente. Esqueça-se de que deseja limpá-la

e libertá-la de imperfeições.

Abhyasa ou concentração da mente só é possível depois de

algum tempo de "purgação mental". Chega mesmo a ser uma

sua conseqüência. É de resultado desalentador tentar a sujeição

da mente, fixando-a sobre um objeto. Ela se defende como um

espadarte capturado pelo anzol do pescador. Usará de todos os

seus recursos — e são imensos, inusitados, poderosos — para

não se deixar vencer. Se você for inteligente como o pescador,

acabará domando a instabilidade mental. A forma inteligente a

que me refiro é imitar o pescador, que, por algum tempo, solta

a linha e deixa que o peixe se movimente à vontade, até que,

por fim, de tanto debater-se, já estafado, não resiste à captura.

O ato da "purificação mental" eqüivale a "dar linha" à mente,

que acabará por ser submetida, sem esforço, sem luta e sem

violência. Onde reina inteligência não cabe lugar à violência.

sábado, 3 de abril de 2021

 

Que tal desenvolvermos uma mente menos reativa a  tudo?
Uma mente que espera, que sabe observar, que não precisa reagir a cada percepção, a cada pensamento que  chega. 
Que tal sensibilizarmos nossa mente?
 Para uma percepção mais sutil sobre si mesmo, sobre o corpo, sobre o espírito, sobre o coração, sobre as emoções, sobre as informações do externos que chegam até ela. 
E pode parar, sentir,  acalmar, observar, refletir, esperar um pouco mais, por um discernimento melhor, que nos ajuda a ver além das aparências das primeiras camadas, das primeiras impressões.
E nos abra a possibilidades, de ver infinitas outras formas perspectivas, sensações  melhores, além do primeiros condicionamentos, das idéias pré-estabelecidas, tão fixas e endurecidas, envelhecidas.
 Que não se permitem uma claridade, de leveza, de criatividade, de compreensão, de alegria, de compaixão, que poderia haver, existir em  mais momentos, ou a cada  e todo momento escondidas além da poeira da mente tão cheios e sobrecarregada, pelo excesso de informações, estímulos e condicionamentos muitas vezes desnecessários, que só pesam, que só o roubam o tempo, a energia e a vida.
Esse é um dos convites da meditação!

Tiago Bindewald